Há vários anos que o MotoGP não tem um piloto dos Estados Unidos da América – país no qual está a reforçar a aposta pelo potencial que o mercado representa. Este ano, a equipa americana Trackhouse Racing estreou-se no campeonato, e agora há rumores de que Joe Roberts – atual líder do Mundial de Moto2 – poderá ser um dos seus pilotos para 2025. Isso coloca em risco pelo menos um dos pilotos deste ano – Miguel Oliveira e Raúl Fernández.
Randy Mamola referiu ao site GPOne.com que Roberts está a revelar um bom desempenho este ano. Apesar de estar há muito tempo na categoria intermédia sem resultados expressivos, apontou um exemplo de como isso não significa a incapacidade de singrar no MotoGP:
– Ele está a sair-se muito bem esta época. Olhando para a carreira geral dele, competiu no campeonato durante sete anos, uma oportunidade que não há muitos pilotos a terem. Contudo, afinal tudo pode acontecer. Pensem no [Fabio] Quartararo, que no ano do contrato dele com a Yamaha tinha ganho uma corrida e não ganhou outras. Dois anos depois, foi campeão do mundo no MotoGP. O Joe Roberts tem o talento, ele conseguiu bater os adversários dele em Mugello, ficando sempre na frente, e isso é positivo.
O ex-piloto destacou a rápida adaptação de Roberts aos pneus introduzidos este ano e, quanto à possível ida para o MotoGP com a Trackhouse, reconheceu que não é uma decisão fácil: ‘Os novos Pirelli dividiram os pilotos, alguns progrediram mais rápido e adaptaram-se melhor, e foi isso que aconteceu com o Joe Roberts. A questão é, conseguem o Miguel Oliveira e o Raúl Fernández lutar pelo top cinco? Espera-se que um deles abra caminho ao Roberts. Claro que não é uma decisão fácil. Para a Aprilia, poderia ser um valor acrescentado graças ao mercado dos EUA’.