O MotoGP é o pináculo do motociclismo de competição, tratando-se do palco onde os construtores desenvolvem tecnologias e inovações que muitas vezes chegam depois às motos de produção.
Há um grande ambiente de competição, em que todos procuram levar o desenvolvimento ao máximo possível dentro das regras. E, perante a estabilidade regulamentar, as atuais motos estão cada vez mais no limite. É igualmente o reflexo de um campeonato saudável do ponto de vista comercial, atrativo para os construtores.
Carlos Ezpeleta, diretor desportivo da entidade promotora Dorna, falou ao Por Supuesto Podcast do estado atual do MotoGP: ‘Quando tens um desporto que, comercialmente, está bem e está a crescer, os atletas são cada vez melhores, os instrumentos que têm são cada vez melhores. E é o que se vê. Acima de tudo num desporto motorizado em que há uma relação tão chegada com a indústria, claramente eles querem melhorar o produto deles para o levar à estrada, porque querem ganhar, porque querem ganhar mais, e é essa ultra competitividade que é realmente o desporto em si’.
O espanhol não tem dúvidas de que o MotoGP atravessa o melhor período que alguma vez teve: ‘Há cerca de dez anos introduziram-se as asas pela primeira vez, as partes aerodinâmica da moto, investiu-se muito aí. Também se investiu muito nos motores – os motores dão mais de 300cv e têm um litro. […]. É o motor atmosférico mais potente do mundo, de longe. […]. E as motos pesam 156kg, ou seja, há 2cv por quilograma. […]. É tudo no limite. Os pneus melhoraram bastante, as motos melhoraram bastante, os pilotos melhoraram bastante, e é a melhor era do MotoGP’.