A corrida sprint do GP da Tailândia de MotoGP foi simultaneamente gratificante e frustrante para Aleix Espargaró. Por um lado, o homem da Aprilia está a ter um forte rendimento em Buriram, circuito tradicionalmente complicado para o construtor. Mas por outro lado, foi incapaz de dar luta a Brad Binder (Red Bull KTM) e Luca Marini (Mooney VR46 Racing Team/Ducati) na corrida sprint devido ao comportamento da sua RS-GP junto dos pilotos à sua frente.
O espanhol ficou satisfeito com o desempenho, embora admita que nunca é suficiente: ‘Na quinta-feira as minhas expectativas eram mais baixas, mas sabem como somos – nunca é suficientemente bom. Mas fui muito competitivo na nossa pior pista, em todas as sessões no top cinco, primeira fila [da grelha], na luta pelo pódio na sprint. E estamos preparados para a corrida de amanhã, que é o importante’.
Espargaró explicou depois que sentiu estar mais rápido do que os rivais, mas sendo incapaz de tentar ultrapassar: ‘A minha sensação foi que eu tinha uma velocidade melhor do que o Brad e o Luca, mas tive dificuldades quando estava atrás. Quando tentava aproximar-me para ultrapassar, a moto não virava, tive muitos problemas. Na última volta tentei aproximar-me do Luca para tentar na última curva, e cometi um erro na curva um e tinha os limites de pista, por isso não podia mais pisar no verde. Portanto, perdi muito tempo e a posição para o Marc. De qualquer forma, estou satisfeito com a minha equipa e com o meu desempenho. Fizemos um bom trabalho e estamos prontos para amanhã’.
Questionado sobre se a pressão e temperatura do pneu teve um papel nas suas dificuldades, o #41 negou e indicou que os problemas podem ser relativos à aerodinâmica: ‘Foi o que pensei, mas imediatamente quando chego à garagem e vou ao computador para verificar, a temperatura e a pressão do pneu estiveram muito estáveis e muito boas. Portanto, penso que teve mais a ver com a aerodinâmica. Quando eu tinha alguma margem para o Brad e o Luca eu era capaz de ganhar muito, especialmente nas curvas 3/4. Mas quando eu estava perto dele era impossível virar. Portanto, foi muito frustrante. Na primeira volta eu tinha ainda mais velocidade do que o Luca, pensei que podia tentar ir com o Jorge [Martín], mas eu ultrapassei-o duas vezes e ele ultrapassou-me outra vez’.