A Alpine inaugurou recentemente a sua nova era elétrica com o lançamento do A290, o primeiro de três modelos que compõem a “Dream Garage” 100% elétrica da marca e que vai contar nos próximos anos com um GT C-Crosover e o novo A110.
No entanto, a casa de Dieppe, aponta ao futuro com o Aplenglow Hy4, um verdadeiro laboratório rolante concebido como um automóvel de competição, com base numa monocoque em carbono e com um motor 2,0 turbo de 4 cilindros que desenvolve 340 cv.
Este concept movido a hidrogénio, que recentemente foi à pista para uma série de voltas ao mítico traçado de Spa-Francorchamps, pode vir a ganhar uma versão de estrada, já que Philippe Krief, CEO da Alpine, admitiu em entrevista à “Piston Heads” fez questão em admitir que tem a “mente aberta” sobre alternativas à energia de combustão tradicional, e que isso inclui o hidrogénio.
“O Alpenglow é importante para o desenvolvimento do estilo, da tecnologia, mas é importante para a marca. É muito importante. Produzir o Alpenglow, vai mostrar que temos condições para jogar noutro terrenos. Acho que se tudo estiver bem, vamos poder comprar um até 2028”, sublinhou Philippe Krief.
Recorde-se que apesar do Aplenglow Hy4 está equipado com um motor de 2,0 litros, com 4 cilindros em linha e turbocompressor, a Alpine está a trambalhar num V6 a hidrogênio mais potente para o concept, mas Krief reconhece que o deposito necessário para armazenar o hidrogénio pode ser um problema.
“Para estes automóveis, o deposito de hidrogénio pode ser um problema, mas estão a surgir algumas tecnologias que falam de depósitos em formas polimórficas”, onde um deposito termoplástico é bastante resistente quando arrefecido.
Atualmente o Aplenglow Hy4 está dotado de três depósitos que armazenam hidrogénio sob a forma de gás (2,1 kg cada) a alta pressão: 700 bar. Os depósitos estão situados nos casulos laterais e atrás do cockpit, em compartimentos ventilados e isolados do interior. Um regulador de pressão reduz a pressão de 700 para 200 bar, antes de a baixar para 40 bar, com injeção direta na câmara de combustão.
Mas antes de chegada do modelo a hidrogénio, é certo que a Alpine vai lançar o sucessor elétrico do A110, um modelo que será construído sobre “uma plataforma completamente nova desenvolvida pela marca”. A nova plataforma vai dar origem a três modelos: “o A110, mas também uma versão 2+2 e um spider”, acrescentou Philippe Krief.