David Alonso está bem encaminhado para o título de Moto3. Ainda falta mais de metade da temporada (11 de 20 corridas, mas ao cabo da primeira parte do ano (ou seja, até à pausa de verão) os seus números são impressionantes.
Em nove rondas, o colombiano da CFMoto Aspar obteve seis vitórias e só falhou o top cinco por uma vez quando foi 11.º em Espanha. Tem também quatro pole positions. Líder do campeonato, somou já 179 pontos, contra os 121 de Iván Ortolá (MT Helmets-MSi/KTM) que está em segundo.
Com nove Grandes Prémios em falta, ainda tudo pode acontecer, e o título está longe de estar garantido por Alonso. No entanto, este início é até mais forte do que o de Acosta, que em 2021 «só» teve quatro vitórias nas primeiras nove corridas (era rookie, enquanto o colombiano está na sua segunda temporada).
Sendo ou não em ano de estreia, nunca ninguém conseguiu seis vitórias nas primeiras nove rondas de uma temporada desde que o Moto3 foi criado em 2012 – e, se bem se lembra, neste período passaram pela categoria pilotos como Álex Márquez, Brad Binder, Fabio Quartararo, Francesco Bagnaia, Joan Mir, Jorge Martín ou Maverick Viñales.
Para já, tudo corre de feição a Alonso, que está também integrado numa equipa experiente como a Aspar. A partir do GP da Grã-Bretanha, o piloto tentará manter a forma, e se o conseguir poderá resolver as contas do título a seu favor precocemente. No entanto, é bom ressalvar que nada está ganho, sendo fulcral manter o bom desempenho e regularidade, evitando também lesões que podem acontecer.