Pol Espargaró disse este domingo em Valência à sua participação – pelo menos para já – enquanto piloto a tempo inteiro no MotoGP. Agora que este capítulo da sua vida chegou a um final, espanhol recordou a decisão de seguir para a nova equipa no mundial, a KTM, e como esse foi um ponto marcante na sua carreira.
Em entrevista ao Motosan, o piloto que assumiu funções de piloto de testes com a KTM, depois de um ano em que regressou ao comando da sua bem conhecida RC16, com as cores da GASGAS Tech3, recordou o momento em que aceitou o desafio da fabricante austríaca: ‘Esse é talvez um dos pontos de que mais me orgulho na minha carreira de piloto. Quando decidi assinar pela KTM, já tinha essa decisão. Porque nos três anos em que estive numa equipa satélite não aprendi nada. Deram-me uma moto para correr e eu corri com ela. Não me sentia produtivo e o que eu preciso é, em tudo o que faço, sentir-me produtivo e útil’.
Antes ainda da mudança para a KTM, o #44 rodava com a Tech3 precisamente, então satélite da Yamaha, numa altura em que as condições das equipas clientes eram bastantes diferentes das atuais, e como isso ajudou a que tomasse a decisão depois de assinar com uma fabricante: ‘O problema é que agora vivemos numa era em que os satélites são equipas satélites com material oficial. Naquela altura era muito diferente. Não tínhamos todos os motores que o Jorge [Lorenzo] e o Valentino [Rossi] tinham. Por isso, como é que um novato com pouca experiência podia ser mais rápido do que Lorenzo e Rossi com menos material? Era impossível. Tive uma oferta da Suzuki quando eles entraram no campeonato e recusei, porque pensei que queria ir para a Yamaha de fábrica. Depois comecei a ver os resultados da Suzuki e disse ‘a próxima fábrica que aparecer, não me interessa, vou-me embora daqui e vou para o barco’. E foi a KTM’.
Aí contudo, numa equipa completamente nova e sem experiência, tudo foi diferente e um «choque», com os pequenos sucessos a serem muito festejados, como lembrou:
– Na KTM toquei na realidade. Quando estávamos em último e penúltimo no Qatar, dois segundos atrás do da frente, que era o Tito Rabat. Estávamos quase a dobrar. No final da corrida, chegámos à box, e eles ficaram contentes porque tínhamos terminado uma corrida de MotoGP. Mas depois, obviamente, trabalhando muito e muito duro, chegámos onde chegámos