Existem inúmeros factores que desencorajam as pessoas a comprar uma moto nova neste momento. Temos uma crise de custo de vida provocada pelo aumento da inflação e pelas dolorosas taxas de juro, tudo isto num contexto de várias crises em todo o mundo.
E, no entanto, poucos parecem ter sido desencorajados a entrar num concessionário e a separar o seu dinheiro ganho com esforço para um transporte motorizado de duas rodas. A Associação da Indústria de Motociclos (MCIA) acaba de divulgar os seus últimos números de vendas para 2023, com 102 361 motociclos vendidos até ao final de novembro, o que representa uma queda de apenas 0,7 % em comparação com 2022 no mesmo período. O declínio aumenta ligeiramente para dois por cento se incluirmos os triciclos e os ciclomotores.
Os segmentos que registaram maior crescimento incluem a Competition (+7,4 por cento), a Naked (+6,9 por cento) e a Road Sport (+3,7 por cento). Por outro lado, a categoria Modern Classic registou uma descida de 7,7 %, a Scooter de 8,6 % e a Touring de 11,8 %.
No mês de novembro, o segmento das motos Adventure foi o claro vencedor em termos de crescimento, com uma variação homóloga de 8,6 % para 1.078 unidades. O lançamento da nova BMW R1300 GS deve ter ajudado – cerca de 10 % do total do segmento (108 vendas) pode ser atribuído a esta moto. Ainda assim, é ultrapassada pelo modelo mais vendido, a Yamaha NMAX 125, responsável por 431 vendas.