A General Motors anunciou na semana passada que irá fabricar unidades motrizes para a Fórmula 1 a partir de 2028, no âmbito do seu projeto de equipa Andretti Cadillac. Apesar de ser um novo elemento de potencial valor acrescentado, a entrada de uma 11.ª equipa continua a não convencer as formações atuais.
Frédéric Vasseur, chefe de equipa da Ferrari, salientou numa conferência de imprensa transcrita no site da FIA que a GM é bem-vinda, mas o mesmo não se aplica necessariamente a uma nova estrutura: ‘Se a pergunta for sobre a GM, acho que todos os fornecedores de motores são bem-vindos à F1. Mas não é o mesmo como 11.ª equipa. São dois assuntos separados. Acho que a verdadeira pergunta é sobre o fornecedor de motores e podemos ter um novo fornecedor de motores’.
Da parte da Mercedes, o diretor-executivo e chefe de equipa frisou que continua a defender que uma nova equipa tem de comprovar que traz, de facto, um valor acrescentado importante: ‘A GM é sem dúvida um dos grandes protagonistas. E acho que se eles dizem que querem entrar no desporto em 2028 são sérios sobre isto e é um bom compromisso. Mas precisamos de ver se o detentor dos direitos comerciais considera ou não que é uma boa inscrição. Para muitas equipas é uma diluição que pode fazer a diferença entre grandes perdas ou menores perdas. E não mudei de opinião sobre isso. Não vimos quaisquer dados, só dizem que vai ser fantástico. Qual é o caso? Quais são os números? O quanto ganhamos em popularidade? Qual é o valor do nome? Quanto mais atrativo pode ser o desporto? Quais são os factos. E se esses factos forem positivos, não tenho dúvidas de que a F1 irá considerá-lo dessa forma’.
Na Williams, as finanças da sua estrutura têm mais importância do que a entrada de uma 11.ª formação, como enalteceu o chefe de equipa James Vowles: ‘Acho que a GM é uma boa empresa para trazer para o nosso desporto. […]. Creio que eles são o tipo de empresa, o topo de construtor que fará crescer o nosso desporto como resultado das coisas. Mas a minha opinião sobre a adição de uma 11.ª equipa não mudou. Fundamentalmente, ainda gira em torno das finanças da Williams, que é onde está o meu foco’.