A Lotus revelou o novo Emeya, que até aqui era conhecido pelo nome de código Type 133, uma berlina de quarto portas, a segunda na história da marca depois do Carlton, um sedan baseado no Opel Omega, da década de 1990.
O novo Emeya, totalmente elétrico com 905 cv de potência, pretende rivalizar com o Taycan Turbo S ou o Model S Plaid, e tem por base a mesma plataforma e cadeia cinemática do Eletre, o primeiro SUV 100% elétrico da Lotus, ou seja, está dotado da conhecida Electric Premium Architecture (EPA), uma variante da Sustainable Experience Architecture (SEA) que os chineses da Geely desenvolveram para os modelos elétricos de outras marcas do grupo, como a Volvo ou a Zeekr, o que permite que a nova berlina desportiva faça uso na versão mais potente, de dois motores elétricos, um por eixo, que permitem debitar uma potência combinada de 905 cv e um binário máximo de 985 Nm.
Desta forma, o Emeya é capaz de acelerar e 0 a 100 km/h em 2,8 segundos e alcançar uma velocidade máxima, limitada eletronicamente, de 256 km/h, com o fabricante britânico a deixar claro que o novo desportivo está equipado com um sistema de travagem inspirado na competição.
De acordo com a Lotus, os dois motores elétricos são alimentados por um pack de baterias de 102 kWh, que pode ser recarregado a 350 kW, para percorrer 600 km, isto segundo o método norte-americano EPA.
A marca britânica dotou o novo Emeya de um vasto conjunto de elementos aerodinâmicos, de forma a contribuir para uma melhor performance e autonomia, que não foi revelada, entre os quais se contam uma suspensão pneumática de controlo eletrónico, capaz de analisar à estrada à frente, 1.000 vezes a cada segundo, a que se junta uma grelha ativa, estreada no SUV Eletre, que reduz a resistência e melhora a eficiência quando fechada e arrefece a bateria quando aberta.
Para além disso, existe ainda um divisor dianteiro, um difusor inspirado na competição e uma asa traseira que varia a força descendente de acordo com as necessidades, e que permite gerar uma carga aerodinâmica de 215 kg, embora os dados de velocidade não tenham sido revelados.
No interior, a Lotus apostou em materiais reciclados, e pela primeira vez no setor automóvel, a marca britânica faz uso de um novo tipo de fio, derivado de resíduos de algodão das indústrias de moda e vestuário, para uso em estofos. Para além disso, a marca faz uso da técnica de Deposição Física de Vapor (PVD) nos acabamentos metalizados de algumas superfícies do habitáculo, bem como Alcantara, tecido ultrafino poliuretano e couro Nappa.
Além dos materiais sustentáveis, o Emeya está dotado de um novo sistema de som sorround KEF 3D com cancelamento de ruído e um head-up display de realidade aumentada de 55″ de modo a permitir um rápido acesso a todas as informações.
A Lotus anunciou ainda que vai revelar mais detalhes do novo Emeya no final de 2023 e que o novo modelo totalmente elétrico vai começar a ser produzido em 2024, na China, com as primeiras entregas previstas para 2025.