Aleix Espargaró esteve esta manhã em pista com algumas novidades na sua RS-GP, mas não falou muito sobre as novidades da moto. Já sobre Miguel Oliveira, que testou a moto de 2023, foi com agrado que viu a oportunidade que a Aprilia deu ao português, considerando mesmo essa ideia muito ‘inteligente’.
Antes de falar sobre o português, A. Espargaró falou brevemente sobre o teste, para si: ‘Testei um novo chassis e algumas atualizações em termos de eletrónica. Foi um primeiro teste e há que somar mais dados para continuar a trabalhar para Valência.Não testámos o chassis em carbono. É outro que é um pouco mais leve e um pouco mais «macio» em termos daquilo que sentimos. Não é melhor ou pior, é apenas diferente e precisamos de fazer mais voltas e de o testar noutra pista também. Não testámos para os arranques, nem motor’.
E explicou um momento que considerou ‘assustador’, onde se projetou para fora da moto para não se magoar: ‘O novo chassis é mais macio e perdi a traseira na entrada da curva 13. Foi muito assustador e fui direito à parede e no último momento tive de saltar da moto. Não foi verdadeiramente uma queda, saí muito largo e ia muito depressa e para evitar a parede saltei da moto’.
Seguiu-se depois um comentário sobre a postura da Aprilia ao fornecer a moto mais recente ao português, da CryptoDATA RNF MotoGP Team:
– Não, não falei com o Miguel sobre a moto que testou. Sei que ele começou com a especificação de 2022 e fez a sua melhor volta, depois saiu com a de 2023 e creio que ele sentiu uma maior estabilidade, que é na verdade uma das diferenças mais pequenas [que o piloto pode ser], porque entre a moto de 2022 e a de 2023 não existe grande diferença. É bom ter o ponto de vista dele. A pista é estranha e com um formato estranho, mas é bom o que a Aprilia decidiu fazer e é uma manobra inteligente dar-lhe a moto de 2023, mas termos mais dados e entendermos as coisas melhor. Infelizmente ele não a pode usar devido às regras até ao final do ano.
E concluiu: ‘Se fosse minha decisão dava a 100% a moto de 2023 a ambos os pilotos [da RNF, Oliveira e Raúl Fernández], mas não é assim tão fácil naturalmente’.