Pedro Acosta estreia-se este ano no MotoGP, tendo primeiro que tudo de se adaptar a uma categoria muito diferente e mais exigente do que o Moto2. A Red Bull GasGas Tech3 vai dar tempo ao rookie para se desenvolver, consciente que o processo de adaptação é longo.
Nicolas Goyon, o gestor de equipa, afirmou à imprensa: ‘Aprender e entender todas as ferramentas para ser veloz numa moto de MotoGP leva quase um ano. Precisas de aprender a eletrónica, precisas de aprender todos os dispositivos, precisas de aprender os pneus. Portanto, é uma tarefa muito árdua, e em especial com as motos de MotoGP atuais tens tantos componentes diferentes. Agora como podemos ver a aerodinâmica é outro assunto importante. E precisas de aprender como jogar com todas estas ferramentas. Demora muito tempo. E mesmo pegando num rookie competitivo, vê-se que demora algum tempo. Por isso, vamos dar lhe algum tempo, trabalhemos adequadamente, com calma, e depois veremos que posição conseguimos alcançar’.
O primeiro contacto de Acosta com a KTM RC16 foi no teste de Valência em novembro do ano passado, deixando já uma boa impressão: ‘É certo que vimos que num só dia, no fim do dia o estilo de pilotagem dele já era muito natural e isto foi algo surpreendente. Para um estreante estar imediatamente a este nível, ter este – digamos – estilo de MotoGP depois de um dia foi muito surpreendente. A coisa seguinte foi que verificando os dados pudemos ver que por exemplo a pressão nos travões – algo muito novo para um rookie, tens travões de carbono, a forma de travar a moto é muito diferente, por isso leva algum tempo a entender. Mas logo depois de um dia a forma não era má e os pontos de travagem já estavam a um bom nível. Claramente dissemos: «Isto já está aqui, já é um bom aspeto, e vejamos em Sepang qual será a próxima fase». Mas já foi um ponto de partida’.
Quanto ao trabalho que Acosta precisou de fazer em casa este inverno, o francês explicou que incidiu acima de tudo na preparação física: ‘É certo que toda a parte na moto em si só pode ser aprendido em pista. Não é imprimires um papel, tudo isto tem de ser aprendido a pilotar a moto. O principal que podes desenvolver por ti mesmo é a condição física. O MotoGP é muito exigente, por isso se começares o teste de Sepang já com uma boa condição física, é já um bom aspeto. E posso dizer que este teste é mesmo exigente. Este ano teremos de pilotar durante seis dias. É muito. No ano passado, por exemplo, só tivemos seis dias aqui – é menos um dia, mas conta. Seis dias é muito complicado. E depois destes dias saberemos um pouco melhor qual é o potencial e qual é o próximo passo a aprender. Não será fácil, mas é o objetivo’.