Testes são testes e nem sempre os pilotos «dão tudo» ou mostram o seu real potencial, mas ninguém certamente gosta de ter resultado menos positivos e, para já nesta primeira bateria de três dias de testes Miguel Oliveira não teve uma performance verdadeiramente surpreendente.
O português está em Sepang com a sua nova equipa (em nome), mas com o mesmo elementos na garagem e uma nova moto para atacar 2024, a mais recente versão da Aprilia RS-GP.
No primeiro dia o português foi 15.º com um tempo de 1:58.750s, concluiu um total de 54 voltas e ficou a 0.799s do líder do dia Jorge Martín. Aí e entre as Aprilias Maverick Viñales foi o destaque em sexto (1:58.470s), com Aleix Espargaró em 13.º (1:58.738s) e Raúl Fernández, com apenas 21 voltas e a moto de 2023, sofreu um highside e parou de testar, terminando o dia com o 22.º tempo, 2:00.120s.
Para o segundo dia o #88 melhorou em 0.201s o seu registo, passando assim a rodar em 1:58.549s, contudo, viu a concorrência melhorar ainda mais e «caiu» para o 19.º lugar. Fez 56 voltas e despediu-se com 1.415s do mais rápido em pista, agora Enea Bastianini. Aleix Espargaró melhorou substancialmente e foi 4.º (1:57.446s), Viñales ficou logo acima de Oliveira com uma volta em 1:58.456s. Raúl Fernández não esteve em pista.
A terminar os testes, Oliveira voltou a não impressionar face à concorrência: 18.º com a sua melhor volta em 1:58.000s (a 19.º num total de 55), a 1.318s de Pecco Bagnaia, e repetiu… o pior lugar entre as Aprilia. Aleix ‘Capitão’ Espargaró foi novamente o melhor da fabricante de Noale, com o 5.º tempo (1:57.091s) e Viñales escalou até ao 12.º tempo (1:57.528s).
É importante também referir que, apesar dos tempos menos competitivos, Oliveira bateu Bagnaia e Jack Miller – entre outros no dia 1 – e ficou também muito próximo (0.005s) de Marco Bezzecchi, terceiro no mundial de 2023, no dia 3. Há margem para melhorar certamente e Oliveira terá este ano as mesmas armas dos pilotos de fábrica para ombrear com estes, e ir mais longe.
Testes são isso mesmo, mas serão sempre um indicativo do que pode acontecer na época, e certamente que Miguel Oliveira é o primeiro a não ficar feliz com os tempos registados.