Depois de três temporadas com a Honda, Álex Márquez deu um novo rumo à carreira no MotoGP em 2023, mudando-se para a Gresini Racing. Na equipa italiana encontrou uma Ducati Desmosedici GP22 e, apesar da adaptação necessária, apresentou bons resultados no imediato. Acabou em nono lugar.
O GP de Portugal foi promissor para Márquez, com o quinto lugar na primeira corrida principal do ano… seguindo-se o regresso aos pódios com a terceira posição na Argentina depois de partir da pole position. Um começo que ficou acima das expectativas do piloto, como o próprio admitiu na altura em conferência de imprensa:
– Se me tivessem dito antes de vir para aqui que obteria a pole position e o terceiro lugar, teria assinado. Sim, estou super contente. É verdade que estamos num progresso constante e isto é realmente satisfatório.
Porém, houve depois uma fase complicada do ano para o #73: registou três abandonos e um oitavo lugar nas quatro corridas principais seguintes e os top cinco só voltaram no GP da Áustria após a pausa de verão. Ao mesmo tempo, admitiu mais do que uma vez que ainda estava numa fase de adaptação à moto da Ducati.
A segunda parte da época foi também marcada por problemas físicos, derivados de uma queda no GP da Índia que o afastou das corridas dessa ronda, assim como do Japão e da Indonésia. Márquez ainda tentou participar em Mandalika e rodou no primeiro treino livre, mas não foi capaz de continuar em ação.
Porém, o momento alto da temporada ainda estaria para vir. No GP da Malásia, o espanhol conseguiu ganhar a corrida Sprint e o segundo lugar com volta mais rápida na corrida principal, naquela que foi indubitavelmente a melhor ronda do ano. Após o GP malaio, Márquez comentou: ‘Foi o meu melhor fim de semana no MotoGP. Penso que pode ser comparado a Aragão em 2020’.
Foi o resultado em Sepang que colocou Márquez na rota do top dez final. Apesar de dois sextos lugares nas últimas duas corridas principais, conseguiu alcançar o nono posto com 177 pontos, superando pilotos de fábrica como Fabio Quartararo (Monster Energy Yamaha), Jack Miller (Red Bull KTM) ou Marc Márquez (Repsol Honda).
O ano de 2023 foi de adaptação e conhecimento para Álex Márquez, que admitiu após o fim da época: ‘Não sou um piloto que desde o início sou veloz, mas com esta moto consegui ser veloz, ganhar uma Sprint, fazer o pódio, primeira fila, pole e fiz coisas que não esperava’, disse ao site Moto.it.
Segue-se uma temporada de 2024 que o próprio #73 sabe que será fulcral para a sua carreira. Tem a estabilidade de continuar na Gresini e a bordo de uma Ducati, pelo que já não terá de atravessar um período de adaptação. Para além disso, contará com o irmão Marc como colega de equipa, tendo ainda mais oportunidades de crescer e melhorar como piloto.
A época de 2023 de Álex Márquez:
GP de Portugal: 9.º Sprint/5.º GP – 6.º no campeonato
GP da Argentina: 5.º Sprint/3.º GP – 4.º no campeonato
GP das Américas: Abandono na Sprint e no GP – 8.º no campeonato
GP de Espanha: Abandono na Sprint/8.º GP – 10.º no campeonato
GP de França: 15.º Sprint/Abandono no GP – 12.º no campeonato
GP de Itália: Abandono na Sprint e no GP – 13.º no campeonato
GP da Alemanha: 8.º Sprint/7.º GP – 11.º no campeonato
GP dos Países Baixos: 9.º Sprint/6.º GP – 10.º no campeonato
GP da Grã-Bretanha: 1.º Sprint/Abandono no GP – 9.º no campeonato
GP da Áustria: 4.º Sprint/5.º GP – 9.º no campeonato
GP da Catalunha: 10.º Sprint/6.º GP – 10.º no campeonato
GP de San Marino: 9.º Sprint/11.º GP – 9.º no campeonato
GP da Índia: Não participou na Sprint e no GP – 10.º no campeonato
GP do Japão: Ausente por lesão – 11.º no campeonato
GP da Indonésia: Não participou na Sprint e no GP – 11.º no campeonato
GP da Austrália: 9.º no GP (não houve Sprint) – 11.º no campeonato
GP da Tailândia: 8.º Sprint/Abandono no GP – 11.º no campeonato
GP da Malásia: 1.º Sprint/2.º GP – 11.º no campeonato
GP do Qatar: 4.º Sprint/6.º GP – 10.º no campeonato
GP de Valência: 8.º Sprint/6.º GP – 9.º no campeonato