A pressão dos pneus de MotoGP tornou-se num assunto regularmente na ordem do dia, e este ano em particular com a introdução de regras que prevêem penalizações caso não seja cumprido o mínimo definido. No entanto, a questão já é antiga e já deu que falar antes, como contou agora Ramón Forcada.
O engenheiro falou ao canal de YouTube de Dennis Noyes e recordou uma situação ocorrida em 2020 numa vitória de Franco Morbidelli com a antiga Petronas SRT – equipa satélite da Yamaha:
– No ano da pandemia, quando ganhámos uma corrida com o Morbidelli em que a média foi de 1,89bar em vez de 1,90. Isto, se não existir regulamento, é perfeito, porque no fim de contas tentaste ir a 1,90 e como ganhou uma corrida e liderou, baixou para 1,89. Nem a Michelin, nem a Dorna, ninguém se queixou. E nós perguntámos. Todos, desde a Michelin ao nosso técnico, disseram-nos que era perfeito, oxalá todos fossem capazes de ir sempre nesta pressão. Menos o construtor, ao construtor não pareceu bem.
Forcada detalhou então o desagrado da Yamaha: ‘A atitude deles foi de me atirarem aos leões. Uma das reuniões tensas da Yamaha, o problema foi que acabámos e eles fariam as pressões e nós não o faríamos mais porque nós o fazíamos sujo, entre aspas’.