Álvaro Bautista regressa este fim de semana ao MotoGP, como wildcard da Ducati no GP da Malásia. O piloto do Mundial de Superbike estará a pilotar a Desmosedici GP23 em Sepang, um circuito do qual gosta, e há alguma expectativa mediática a recair em si.
O bicampeão do mundo de Superbike salientou que a sua meta é, acima de tudo, divertir-se, sem olhar a resultados: ‘As expectativas… nada quanto aos resultados, só tentarei divertir-me, tentarei ter uma boa sensação com a moto. Porque não é o mesmo que fazer um teste, onde podes experimentar e podes obter o ritmo passo a passo. Mas aqui é uma pista muito difícil – gosto muito. O importante é ter a sensação com a moto o mais cedo possível para obter um bom ritmo e tentar divertir-me. Quanto ao resultado não tenho expectativas; só tentarei obter a melhor sensação com a moto e tentarei fazer o meu melhor. E, claro, divertir-me, esse é o objetivo’.
Já esta época, Dani Pedrosa esteve na luta pelo pódio no GP de San Marino num dos seus dois wildcards pela KTM, mas Bautista sublinhou que as situações de ambos são opostas: ‘Em particular para todos é como colocar mais pressão em mim, porque dizem: «Se o Dani consegue fazê-lo…». Mas estamos numa situação diferente, porque o Dani tem muitos quilómetros na KTM e ele é muito veloz em Misano. É certo que lhe faltava algum ritmo de competição e penso que ele pode fazer ainda melhor porque faltando as corridas é sempre mais difícil quando tens de competir com outros pilotos. No meu caso é o oposto: tenho ritmo de competição, mas falta-me alguma experiência com esta moto. Por isso é importante obter a sensação com a moto o mais cedo possível e o resto veremos. É certo que é bom ver o Dani a lutar por essas posições, mas neste caso para mim talvez não seja tão bom porque é algo como «se o Dani consegue, talvez tu também consigas». Mas estamos seguramente em situações diferentes’.
Em 2006, Troy Bayliss veio do WSBK para um wildcard no MotoGP e conseguiu o triunfo. Outra comparação que Bautista considera não ser possível: ‘Essa altura era tão diferente de agora. Nessa altura não era o mesmo pneu para todos, eles usavam pneus diferentes. Era uma situação diferente e é certo que penso que agora é impossível fazer o que o Troy fez em 2006. Também o nível da categoria é muito, muito renhido. Mesmo se estiveres próximo no tempo de volta, talvez na posição estejas demasiado longe, porque há 20 pilotos num segundo. Estar talvez a 0,7s do primeiro é um tempo muito bom, mas na posição está muito atrás. Portanto não quero ver a posição, para mim o desempenho que conseguir fazer este fim de semana é o que importa’.