Depois de quase duas décadas de colaboração com a Ducati, a Prima Pramac Racing optou por se separar do construtor de Borgo Panigale no fim desta temporada de MotoGP. A partir de 2025 irá ser parceira da Yamaha, como mais do que uma equipa satélite – sendo prometido um estatuto de segunda equipa de fábrica.
Um dos aspetos que se crê ter sido decisivo para esta escolha foi a promoção de Marc Márquez à equipa de fábrica da Ducati, em detrimento de Jorge Martín – que em 2023 e agora em 2024 está a lutar pelo título na Pramac, que tem atuado como uma espécie de equipa jovem da Ducati.
O diretor de equipa, Gino Borsoi, explicou ao site Motosan.es que esse foi um elemento da decisão de mudar para a Yamaha, defendendo que o lugar deveria ser de Martín:
– Penso que influenciou um pouco tudo. A decisão da Ducati de não contratar o Jorge, que vinha desde o início com um grande percurso. Entrando na equipa Pramac, que é um bocado «a escola», ou a «irmã mais nova» da Ducati. E, sinceramente, ao meu ver, ele teria de ter acabado na equipa oficial, já que há dois anos que demonstra que é um dos melhores pilotos do pelotão.
Posto isto, Borsoi referiu que não foi o único aspeto a ter em conta: ‘Há muitos fatores que influenciaram, era uma decisão complexa. Esta equipa está ligada à Ducati há 20 anos. As relações com [Gigi] Dall’Igna e [Claudio] Domenicali são de amizade, não só de negócios. Mas há parte do panorama, como a escolha do Márquez, que as pessoas de fora não podem entender. E estas decisões por parte da Ducati fizeram [Paolo] Campinoti pensar que talvez fosse o momento de sair da nossa zona de conforto’.