Miguel Oliveira está entusiasmado. O piloto português falou sobre o novo desafio que terá aos comandos da Trackhouse, das sinergias que vai ter com toda a estrutura da Aprilia, acesso direto às informações e inovações da moto e contacto direto com os pilotos da equipa de fábrica Aleix Espargaró e Maverick Viñales.
‘As novas cores trazem muito boas sensações. Uma moto com um design muito competitivo, mas também com um pacote técnico muito apelativo com uma moto de fábrica para começarmos já os testes de pré-temporada. Por isso, estou ansioso para que comece tudo. É uma temporada em estou à espera de a complementar com bons resultados que tanto a Aprilia como eu esperamos. Obviamente, temos essa visão de longo prazo porque é um investimento que estamos a fazer a partir desta época. Por isso, temos de trabalhar o futuro a partir desta época’, começou por dizer Oliveira, numa entrevista que concedeu à Sport TV.
O Falcão, que terá como colega de equipa Raúl Fernández, revela que o proprietário da nova equipa, Justin Marks, esteve em Portugal e que as primeiras impressões têm sido excelentes.
‘Já nos tínhamos conhecido em Lisboa, ele veio conhecemos aquando da apresentação da moto, veio até Lisboa para almoçarmos e conhecermo-nos um bocadinho, é uma pessoa excelente, uma empresa com um background de competição muito cheio. Isso deixa-nos muito otimistas e confiantes para aquilo que precisaremos de trabalhar no futuro para esta época. Temos todos motos iguais, isso implica que, logicamente, a equipa de fábrica que o material novo que tenham será testado por eles, como é lógico, por eles. Se houver algum upgrade que seja já testado pela equipa de testes é lógico que é dado ao piloto que esteja mais rápido ou em posições mais importantes do campeonato. Julgo que agora nesta primeira fase as coisas serão um pouco repartidas por toda a gente. Temos muito pouco tempo nos testes para testarmos e fecharmos completamente tudo a nível do pacote técnico para começar a época, mas a Aprilia vai tentar ao máximo distribuir bem os trabalhos por todos os pilotos’, observou quando instado a comentar esta ligação entre a equipa satélite e a equipa de fábrica.
Após um 2023 que ficou marcado por diversas quedas, Miguel aponta que os pilotos estão mais habituados à nova dinâmica na categoria rainha.
– Acredito que já no final da época de 2023 todos nós estávamos um bocadinho mais adaptados ao formato porque houve muito menos quedas na segunda metade da temporada do que houve na primeira em relação aos sprints e às corridas principais. O iniciar do campeonato, com toda a ansiedade, pode ser que haja uma situação ou outra, mas acho que todos nós estamos mais adaptados ao formato e isso ajudará a que aconteçam menos quedas.
O atleta luso concluiu a última época com 76 pontos, ficando no 16.º posto da classificação geral: ‘Tudo o que possa vir em 2024 seja mais difícil do que isto acho que irei ter outra maturidade para lidar com isso. Acho que todas as experiências, sejam elas boas ou más, vão ajudar-me porque estou à procura, neste momento, para esta época de 2024 é, seguramente, ganhar experiência corrida após corrida e poder estar com os pilotos da frente’.
E quais são os desejos para esta época de 2024?‘Muitas vitórias’, rematou.