Adrien van Beveren chegou ao fim da 11.ª etapa do Dakar e entra no último dia em terceiro lugar da classificação. No entanto, o piloto podia muito bem ter tido um desfecho amargo na prova, uma vez que durante o percurso sofreu uma queda algo aparatosa.
O homem da Monster Energy Honda contou ao site da prova como tudo se passou: ‘Existiu uma manada de dezenas de dromedários mesmo no meio das pistas. Não é invulgar vê-los, afinal são animais do deserto. Foi uma das pistas principais muito velozes, logo após o reabastecimento. Quando me aproximei deles, eles foram para a esquerda, mas assim que acelerei para os passar pela direita, um deles mudou de ideias e voltou para o lado direito das pistas. Era demasiado tarde e eu estava demasiado veloz. Tentei evitá-la, mas havia uma pedra grande na borda da pista e atingi-a. Não sei se bati no dromedário, mas não existiam nenhuns quando me voltei a levantar. Não consegui evitar e fui por cima do guiador em velocidade. Pensei para mim, «isto vai doer». Creio que aterrei na cabeça e dei uma cambalhota. Fiquei zonzo depois, mas o airbag fez um bom trabalho ao proteger-me. Levantei a minha moto, que estava um pouco danificada, mas consegui terminar. Tive de abrandar um pouco na parte final, mas estou bem’.
À procura do segundo lugar do rali, van Beveren frisou que, até à queda, esteve em «modo ataque»: ‘Estava a ultrapassar para ultrapassar o Ross [Branch] na geral. Estava 50 segundos atrás esta manhã e ataquei ao longo da especial. Perdi muito tempo, mas estive a dar tudo: quando o acidente aconteceu, estava a 200 por cento. Existiam muitas pedras e quis mostrar que isso não era um problema, que era capaz de pilotar através das pedras, assim como das dunas’.