Aos 17 anos, David Alonso vive uma espécie de conto de fadas. E espera dar continuidade ao triunfo que alcançou em Losail no passado fim de semana.
‘Tinha a corrida bastante controlada, mas quando chegou a última volta, as coisas começaram a complicar-se, começaram a passar pilotos por todos os lados, por erros meus e tive muito trabalho na última volta, mas consegui gerir bem essas ultrapassagens. É uma corrida que irei recordar por muito tempo, sempre tive a esperança de começar o mundial a ganhar e tornar-se líder. É algo que quero’, recordou o jovem em entrevista ao AS.
‘Todos tivemos muitos problemas nas últimas voltas, porque os pneus da Pirelli desgastam-se mais do que os Dunlop. Mas coloquei no modo de ataque e mudei um pouco o meu estilo para evitar alguma queda’, acrescentou.
Alonso comentou, ainda, as fortes ligações que tem a dois países. ‘É assim. Sempre disse que o meu coração está partido e que é metade colombiano e metade espanhol. Estou com os dois países e agradeço a todas as pessoas de Espanha e da Colômbia que me apoiam e que me seguem. Cada vez mais se ouve falar do motociclismo na Colômbia e isso é positivo para mim, para o campeonato e para o país’, disse.
O jovem piloto admitiu que reagiu mal aos elogios que recebeu de vários pilotos do MotoGP e que o apontam como o principal candidato a vencer o mundial de Moto3.
‘Não sei por que razão se focaram tanto em mim quando há tantos pilotos rápidos. Isso afetou-me um pouco no primeiro dia e a queda que sofri foi boa para voltar a ter os pés bem assentes no chão. Também tenho de aprender com estas situações, saber gerir estes momentos’, sentenciou.