Este ano, a KTM tentou ter uma segunda equipa satélite no MotoGP para a próxima temporada – perante as duas vagas para equipa existentes no pelotão após a saída da Suzuki. No entanto, esses lugares estão reservados para construtores e a Dorna rejeitou uma nova equipa satélite.
Pit Beirer, diretor desportivo da KTM, admitiu ao The-Race.com que isso deixou marca: ‘Prejudicou muito a motivação do nosso grupo, porque nos estamos a esforçar muito. Nas três categorias, tal como na Red Bull Rookies Cup, fazemos um grande investimento. Além da Rookies Cup, há 28 pilotos com as nossas motos em todo o paddock’.
Com mais pilotos prontos para o MotoGP do que vagas, a KTM acabou por ter de prescindir de Pol Espargaró para promover Pedro Acosta. E há mais jovens que ambicionam dar o salto nos próximos anos, pelo que uma segunda equipa satélite a juntar à GasGas Tech3 seria útil para o construtor de Matthigofen.
E não ter essa vaga foi difícil de encarar, admitiu Beirer: ‘Todos estavam a ver-nos, precisávamos desse lugar para tornar as coisas mais fáceis e não recebemos nenhum apoio. Foi muito difícil de digerir. Depois tivemos de tomar essa decisão e o Pol Espargaró ajudou-nos realmente a resolver o nosso grande problema, mas não era nossa vontade. Não foi uma situação confortável, custou-nos muita energia e esforço, e no fim de contas não serviu de muito. Mas isso já ficou para trás, sigamos em frente’.