A uma volta do fim do GP da Alemanha, Jorge Martín sofreu uma queda quando liderava com um avanço curto, mas razoável, face a Francesco Bagnaia (Ducati). Já não é a primeira vez que o piloto da Prima Pramac Racing perde uma potencial vitória em circunstâncias semelhantes, tendo acontecido casos parecidos no GP da Indonésia de 2023 ou no GP de Espanha deste ano.
Terá sido este um erro forçado pela pressão de Bagnaia? Ricard Jové explicou no podcast Dura la Vita: ‘Erro forçado. Eu não sou de radicalizar as situações. É um erro, porque a duas voltas do fim tendo 0,6s ou 0,7s de diferença em Sachsenring, claro que é um erro; penso que tinha 90 por cento da corrida no bolso. Mas é um erro provocado, claro que é, porque a oito voltas do fim esteve com 0,9s, e nessas últimas quatro voltas esteve a 0,5s/0,6s – claro que o sentia. E provocou-o’.
O comentador prosseguiu: ‘Fazer um drama num erro que no passado o Pecco também cometeu parecido – lembrem-se de Austin quando o [Álex] Rins o pressionou’.
Questionado sobre que diferença há face à queda que Martín sofreu no GP de Espanha, Jové retorquiu: ‘Poucas, porque seguramente se perguntarem ao Jorge, ele diria que fez o mesmo, etc., etc., e que perdeu a dianteira – coisa muito fácil quer na curva Pedrosa de Jerez, como na primeira curva de Sachsenring. Por isso, o único problema é o que vem depois – que é gerir essa frustração, essa raiva, levantar-te de novo e não cometer erros. Isso é o que vem, e para mim o Pecco resolveu muito bem as vezes em que cometeu erros, que não lhe afetaram’.