A Porsche revelou que vai continuar a oferecer o Cayenne com motorizações a combustão e híbridas, para lá de 2030, apesar de estar a preparar uma versão 100% elétrica do SUV.
A marca de Zuffenhausen confirmou que vai continuar a desenvolver e “atualizar ainda mais” o atual Cayenne de terceira geração, que recebeu uma ampla atualização em 2023, o que significa que vai tornar o motor V8 de 4,0 litros usado no Cayenne S de 468 cv, no GT de 650 cv e no topo de linha Turbo E-Hybrid PHEV de 729 cv, o mais eficiente possível.
“Um conjunto de medidas técnicas vão garantir que o motor biturbo esteja pronto para cumprir com os futuros requisitos legislativos”, afirmou a Porsche em comunicado.
Já o CEO da Porsche, Oliver Blume, anunciou que desta forma, “na próxima década, nossos clientes ainda vão poder escolher entre uma ampla gama de modelos híbridos e de combustão potentes e eficientes.”
A decisão da Porsche de manter as motorizações a combustão e híbridas do Cayenne para lá de 2030, surge depois de ter sido revelado que as vendas de veículos elétricos na Europa aumentaram apenas 2% no primeiro semestre de 2024, em comparação com 28% no ano passado.
Além disso, a Porsche vendeu 320 221 unidades a nível global em 2023, sendo que o Cayenne foi o modelo mais vendido, com 87 553 exemplares.
Recorde-se que apesar da volatilidade do mercado 100% elétrico, a Porsche vai manter o seu plano que prevê que em 2030 os modelos totalmente elétricos representem mais de 80% das suas vendas. No entanto, o CEO da Porsche alerta que o objetivo pode ser alcançado “dependendo da procura e do desenvolvimento da eletromobilidade a nível global”.
A marca germânica revelou ainda novas imagens do novo Cayenne 100% elétrico que continua a ser testado em vias públicas, após uma “fase de desenvolvimento e testes digitais”. Os protótipos da quarta geração do Cayenne vão realizar milhares de quilómetros de testes em todo o mundo sob condições extremas, de forma que tudo esteja pronto para o lançamento do novo Cayenne 100% elétrico que está previsto chegar ao mercado em 2026.