O W04 com que o Lewis Hamilton arrancou com a sua carreira na Mercedes, em 2013, depois da estreia com a McLaren na Fórmula 1, não só marcou o fim da era dos motores V8 de 2,4 litros na categoria, antes da passagem para os híbridos V6, como inicia um período de domínio para a Mercedes-AMG, com o piloto britânico a vencer seis campeonatos do mundo.
No primeiro ano com a equipa alemã, Hamilton só venceria uma corrida, na Hungria, tendo somado quatro pódios, mas foi aos comandos do monolugar prata dessa temporada que escreveu as primeiras páginas de uma história de recordes.
Há apenas um Mercedes em mãos privadas, por isso o W04 é uma espécie de unicórnio. Não há outro à venda, a menos que compre um dos que pertence ao próprio Lewis Hamilton ou a Toto Wolff. Possibilidades bastante remotas…
Também por isso, a RM Sotheby’s estimava que este Mercedes poderia atingir os 15 milhões de dólares no leilão realizado este fim de semana à margem do próximo Grande Prémio de Las Vegas. Previsão que, era, afinal pessimista…
O carro foi arrematado pela soma incrível de 18,8 milhões de dólares, qualquer coisa como 17,3 milhões de euros, ultrapassando largamente o Ferrari F2001 de Michael Schumacher (6,9 milhões de euros) como o monolugar mais valioso da era moderna, e o segundo Fórmula 1 mais caro de sempre, só atrás do mítico W196R, de 1954, que pertenceu a Juan Manuel Fangio.