A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) revelou esta sexta-feira que no primeiro trimestre de 2024, foram registados nas estradas portuguesas 8268 acidentes com vítimas, 105 vítimas mortais, 552 feridos graves e 9642 feridos leves, segundo os dados do relatório de sinistralidade e fiscalização rodoviária.
Comparando com os dados de 2023, a ANSR refere que foram observados aumentos em todos os indicadores, exceto no índice de gravidade. Registaram-se mais 251 acidentes (+3,3%), mais duas vítimas mortais (+2,0%), mais 17 feridos graves (+3,4%) e mais 337 feridos leves (+3,8%).
“Deve salientar-se que, em comparação com 2023, houve em 2024 um aumento na circulação rodoviária, o que corresponde a um acréscimo no risco de acidentes, muito embora se tenha registado uma diminuição de 4,1% no consumo de combustível rodoviário”.
A colisão está na origem de mais de metade dos acidentes nos primeiros três meses de 2024, correspondendo a 51,4% dos acidentes, 43,7% das vítimas mortais e 44,6% dos feridos graves. Os despistes, que representaram 32,8% do total de acidentes, foram responsáveis por 42,7% das vítimas mortais.
No primeiro trimestre de 2024 a ANSR indicou que foram fiscalizados 62,2 milhões de veículos, quer presencialmente, quer através de meios de fiscalização automática, tendo-se verificado um aumento de 85,9% em relação a 2023. No entanto, os números de infrações baixaram para 213,8 mil, ou seja, menos 6,8%, face ao mesmo período de 2023. A maioria das infrações cometidas pelos condutores, 72,6%, foi referente a excesso de velocidade, que registou um aumento de 12,1%.
O relatório de sinistralidade e fiscalização rodoviária da ANSR, adianta ainda que “até março de 2024, cerca de 689,6 mil condutores perderam pontos na carta de condução”.
Desde junho de 2016, data de entrada em vigor do sistema de carta por pontos, 3012 condutores ficaram com o seu título de condução cassado.