A decisão do PS em apresentar no Parlamento uma proposta para eliminar o aumento do IUC para veículos anteriores a 2007 do Orçamento do Estado para 2024, não surpreendeu o presidente do Automóvel Club de Portugal (ACP), que considerou que reversão da medida já era expectável.
“Como se esperava, com eleições marcadas o PS teve medo e recuou, se bem que acho que iam recuar com a revolta popular, mas agora com eleições à porta tiveram medo, acobardaram-se”, referiu Carlos Barbosa em comunicado.
Para o presidente do ACP, “Fernando Medina continua a brincar a dizer que eram apenas 25 euros, mas é uma ofensa que faz a todos os portugueses. Sabiam que iam ser castigados nas eleições e como tal tiveram medo e recuaram”.
Recorde-se que o Automóvel Club de Portugal já havia ressalvado que o aumento do IUC ia prejudicar milhares de portugueses que não têm capacidade financeira para trocar de carro, acusando o Governo de aumentar o IUC “de forma inconstitucional e imoral, ao mesmo tempo que isenta de impostos os carros elétricos”.
Na proposta de alteração apresentada rupo parlamentar do PS, os socialistas defendem agora que “o veículo ligeiro é em muitos casos ainda a principal forma de deslocação para o trabalho ou para deslocação até ao meio de transporte público mais próximo, principalmente fora das principais cidades do país e em zonas de média e baixa densidade, onde a oferta de transportes públicos é reduzida e desadequada às necessidades diárias de mobilidade”.