Ott Tänak selou este domingo a segunda vitória na época do Rali do Chile. O homem da M-Sport Ford foi o mais forte desde cedo nesta antepenúltima ronda do Mundial de Ralis (WRC), consumando o triunfo sem grandes percalços na segunda parte do último dia.
A segunda parte de domingo teve as derradeiras duas classificativas. Na PEC 15 (Las Pataguas 2), Thierry Neuville (Hyundai) deu continuidade à forte prestação matinal com o melhor tempo 6,7s na frente de Elfyn Evans (Toyota). Uma saída de estrada deixou Teemu Suninen (Hyundai) fora da contenda quando era segundo, mas nem por isso Tänak ficou mais distante no comando: viu a sua vantagem cair para 44,6s depois do quarto registo.
Restava a Power Stage e, no troço de El Poñen, Kalle Rovanperä (Toyota) foi o mais veloz para amealhar cinco pontos extra e selar o quarto posto final. Evans foi segundo na espoecial a 3,1s, seguindo-se Tänak, Neuville e Takamoto Katsuta (Toyota) nos lugares com direito a pontos adicionais. Na geral final, Tänak venceu 42,1s na frente de Neuville, sendo Evans a fechar o pódio a 1m06,9s. Rovanperä foi quarto e Katsuta o quinto.
Oliver Solberg (Skoda) sagrou-se vencedor no WRC2, com o sexto lugar absoluto, mesmo não tendo sido o mais veloz da categoria em nenhuma das duas especiais vespertinas. Gus Greensmith (Skoda) ficou em segundo a 25,8s, enquanto Sami Pajari acabou em terceiro a mais de um minuto. Ao mesmo tempo, o finlandês do Skoda consumou uma tranquila vitória no WRC2 Challenger 47,6s na frente de Nikolay Gryazin (Skoda) – ele que venceu uma das especiais da tarde no WRC2 e WRC2 Challenger, sendo o outro Jorge Martínez Fontana (Skoda). Emilio Rosselot (Citroën) completou o pódio.
No WRC3, quando tudo apontava para uma vitória de Diego Domínguez Jr., o paraguaio desistiu na PEC 15, o que entregou o triunfo ao único outro piloto em prova na classe – Eduardo Castro.
O resumo do rali
A antepenúltima prova da época do WRC começou com a possibilidade de Rovanperä ser já campeão, mas desde cedo ficou evidente que o piloto da Toyota dificilmente ia lutar pela vitória: perdeu dez segundos para o mais veloz logo na primeira especial, em que Tänak assumiu a liderança.
Logo na classificativa seguinte foi ultrapassado por Evans, enquanto na sexta-feira à tarde na PEC 4 Suninen tornou-se no terceiro piloto diferente a lutar. Nesta fase, os homens do pódio estavam separados por menos de cinco segundos. Na quinta especial, Tänak assumiu a liderança para nunca mais a largar, mas não deixou de ter os rivais por perto.
Só no sábado é que começou a distanciar-se, em especial depois de Evans ter ficado sem pneus na PEC 9. Nesse mesmo troço aconteceu semelhante a Rovanperä, que ficou mais longe da luta pelo pódio no rali. Suninen e Neuville passaram a ser os principais perseguidores de Tänak, que continuou a distanciar-se da oposição…
O campeão de 2019 entrou no domingo com quase um minuto de avanço e conseguiu fazer a gestão da margem, apesar de a perder gradualmente nas últimas quatro classificativas. Viu também Suninen ficar de fora, pelo que no fim terminou com Neuville enquanto principal perseguidor. O belga garantiu novo pódio com o segundo lugar, à frente de Evans que, assim, pôde recuperar pontos a Rovanperä e adiar o título pelo menos por mais uma ronda.
Solberg e Pajari foram os protagonistas da luta pelo triunfo no WRC2 desde início até que na PEC 12 o finlandês se atrasou significativamente. Daí em diante, Greensmith assumiu a perseguição a Solberg, mas não teve argumentos para impedir o sueco de ganhar. Pajari não teve problemas em assegurar o terceiro lugar depois do atraso sofrido.
Ao mesmo tempo que lutava pela vitória no WRC2, Pajari ia dominando o WRC2 Challenger, em particular depois de Gryazin se atrasar durante a PEC 10. O nórdico ficou definitivamente na rota do triunfo depois dos problemas de Kajetan Kajetanowicz (Skoda) com vários danos no seu carro nas duas primeiras especiais do dia. O polaco acabou por abandonar, o que entregou o terceiro posto a Rosselot.
A prova do WRC3 não teve grande história. Domínguez Jr. dominou desde uma fase inicial e raramente permitiu a Castro ser mais veloz, sendo estes os dois únicos pilotos em prova. Ao fim de quatro classificativas, o paraguaio já tinha mais de um minuto de avanço, vantagem que continuou a aumentar até abandonar na penúltima classificativa. Isso entregou «de bandeja» a vitória a Castro, que não desperdiçou a oportunidade.
Top dez final: