O fim da crise de resultados da Honda no MotoGP não tem fim à vista. O último título foi em 2019 e desde 2021 que não há vitórias, com a situação a arrastar-se. Neste momento, a RC213V é a moto menos competitiva do pelotão, mas o piloto de testes Stefan Bradl considera que há meios e vontade em dar a volta por cima.
O alemão afirmou ao site GPOne.com que é essencial fazer esses progressos até para ter argumentos na hora de escolher os pilotos: ‘Sim, temos de melhorar o nosso material. Neste momento não é bom o suficiente. Podem comparar a nossa situação com a da Mercedes na Fórmula 1. Se o veículo não for competitivo, não terás o melhor piloto no mercado. Imagino que na Red Bull Racing existiram alguns pilotos de topo na fila antes de terem assinado outra vez com [Sergio] Pérez. Na Mercedes, por outro lado, não conseguem ter os campeões que quereriam contratar depois de [Lewis] Hamilton ter decidido sair’.
Posto isto, Bradl vincou que a Honda tem os meios necessários para sair da situação em que se encontra: ‘O lado positivo: a Honda tem um orçamento razoável para o MotoGP, o que é importante se quisermos apanhar a Ducati e os outros no futuro próximo. Parece-me claro que a Honda quer ver resultados melhorados. Porque o construtor mais bem-sucedido na história dos GP precisa de uma nova estória de sucesso no futuro próximo. A nossa tragédia já dura há três anos’.
Apesar de os atuais regulamentos só terem mais duas épocas, até à chegada de uma nova era em 2027, o germânico acredita que a Honda quer voltar aos bons resultados antes disso: ‘Estou convicto de que a Honda quer aproximar-se da frente também dentro das regras atuais, e depois lançar outro grande ataque para 2027. Esta é a minha opinião pessoal. Os japoneses são humanos muito tranquilos, são muito pacientes. Mas também são muito orgulhosos – e portanto uma empresa como a Honda tem sempre a intenção de colocar algo grande em marcha’.