Dentro de três anos, o MotoGP terá novos regulamentos técnicos, o que significa mudanças consideráveis nas motos. E esse é um trabalho que os construtores já levam a cabo, uma vez que o desenvolvimento requer tempo. A Yamaha não é exceção, e o diretor técnico Max Bartolini abordou o assunto.
Segundo o engenheiro italiano disse ao SPEEDWEEK.com, neste momento o construtor de Iwata ainda não tomou uma decisão quanto ao conceito final para a moto de 2027: ‘Estamos a discutir os novos alicerces, mas ainda não há um conceito final’.
Posto isto, Bartolini considera que a Yamaha não tem de mudar necessariamente para um motor em V: ‘Penso que somos bem aconselhados a começar com o conceito atual. Já usamos um motor de cilindros em linha, que a meu ver tem vários bons aspetos. O design da moto é, portanto, muito lógico, menos complexo e não há motivo para mudar para um conceito de motor em V só por causa do aspeto do controlo da nova cilindrada’.
Posto isto, os dois tipos de motor serão estudados, garantiu o diretor técnico: ‘A minha visão: a liberdade para trabalhar nas outras áreas da moto, até à aerodinâmica, é maior com um motor de cilindros em linha. Não obstante, num mundo perfeito, ambas as variantes têm de ser examinadas em detalhe, mas neste momento não consigo responder. Mas claro que temos de ter um conceito finalizado no início da próxima época, o mais tardar’.
Bartolini sublinhou ainda que é muito claro qual a intenção dos novos regulamentos, mas tem algumas dúvidas sobre se será cumprida: ‘A mensagem por trás dos novos regulamentos para menos velocidade e mais segurança é clara – e os aspetos adotados são um caminho para o resolver. Mas tenho as minhas dúvidas se o objetivo real pode ser alcançado pelo caminho’.